Mudança de tonalidade: Modulação Cromática

Modulação Cromática
Fala tecladista! Tudo certo? Aqui é o Augusto Canarin, do Aprenda Piano, para mais um artigo a respeito de mudança de tonalidades, agora sobre a modulação cromática.
Já temos em nosso site artigos a respeito de modulação em um contexto geral e também sobre a modulação diatônica, sendo ela uma categoria específica, assim como a modulação cromática.
O termo “cromática” é muito conhecido quando falamos a respeito de escala cromática.

Mas o que a palavra cromática significa?

Bem, este termo tem ganhado muita força quando acompanhado da palavra escala porém o sentido permanece sempre o mesmo.
Podemos dizer que cromática é a “irmã gêmea” do termo: semitom.

Mas, como assim uma irmã gêmea? Isso é o possível?

Claro que é possível! Na verdade, o contexto de irmã gêmea está sendo utilizado no sentido de significar ou dizer a mesma coisa.
Na escala cromática, temos todas as 12 notas, sempre com intervalos de semitons.
Mas não vamos desviar o nosso foco. Estamos querendo nos aprofundar na parte de modulação com características cromáticas.

Entendendo: Modulação Cromática

Da mesma forma que na modulação diatônica nós usamos uma espécie de atalho para alterar a tonalidade, faremos neste caso o mesmo.
A modulação cromática trabalha com os já citados, semitons, utilizando-os como passagem pelos acordes para mudar a tonalidade da música.
É muito importante frisar que a escala cromática é quem sustenta este tipo de modulação.
Vamos imaginar uma certa sequência de acordes para aplicarmos a ideia da modulação cromática.
Tonalidade inicial: Lá maior (A)
A – F#m – F# – B
Vamos analisar por etapas:

  1. Até o F#m o campo harmônico permanece em Lá maior (A).
  2. Na mudança de F#m para F#, altera-se em um semitom, o 3º grau do acorde, transformando-o em acorde maior.
  3. Essa alteração através de um semitom, é o que define a modulação cromática.
  4. Após realizada essa mudança, a tonalidade já aumentou e agora passa a estar em Si maior (B).
  5. O F#m em Lá (A) atua como 6º grau enquanto que o F# cumpre a função dominante (5º grauº) em Si (B).

Toda a análise foi feita a partir de uma alteração na parte de campo harmônico, extremamente necessário para a modulação.

Na prática

Você pode perceber que a alteração cromática citada deu-se a partir da mudança de um acorde menor para um maior ou vice-versa.
Isso significa que a modulação é feita por meio da característica do acorde.
Cromaticamente falando, temos a mudança feita por semitons por meio do 3º grau de cada acorde (nota que designa a característica).
Então sempre que você precisar alterar a tonalidade, seja no meio ou no fim na música, utilize esta função para tornar sua modulação mais elegante.
Como no artigo sobre a modulação diatônica, é quase que imperceptível notar a mudança de tonalidade.
Porém, obviamente, a sonoridade é bem diferente e intrigante por estar executando o mesmo acorde (menor e maior) na mesma música.
Pode-se dizer que sempre o 5º grau em qualquer campo harmônico será maior e o 6º menor. A modulação cromática geralmente é feita a partir desses graus.

Exemplo

Madalena – Ivan Lins
Esta é uma das músicas mais conhecidas por trazer diversas aplicações da teoria musical.
Na parte de modulação, a música altera sua tonalidade 3 vezes.
Tonalidade inicial: Ré maior (D)
1ª Modulação: Sol maior (G)
2ª Modulação: Fá sustenido maior (F#)

Concluindo

Creio que este tipo de conteúdo vai te ajudar e muito nas suas futuras execuções.
Se você deseja desenvolver suas habilidades, saiba mais a respeito do Piano Prime.
Forte abraço e até logo!
Augusto Canarin

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