Aprenda a tirar melhor proveito das escalas musicais

Escalas Musicais
Fala tecladista! Tudo bem com você? Aqui é o Augusto Canarin, do Aprenda Piano, para mais um artigo sobre escalas musicais, um tema sempre muito solicitado aqui no site.
Você que já é músico ou pelo menos um iniciante na música, com certeza já se perguntou como utilizar as escalas musicais na prática.
Falo de escalas em geral, e não somente sobre aquelas que a maioria dos músicos estão acostumados a estudar.
Vejo que muitos músicos não se preocupam em desenvolver novas técnicas ou criar novos arranjos a partir do conhecimento de escalas. Ficam presos a conceitos básicos da teoria musical (como campo harmônico, por exemplo).
Conheço muitos músicos que são preocupados apenas em saber a tonalidade da música, sem pretensão alguma de criar coisas novas e sair do famoso “feijão com arroz”.
Hoje quero incentivar você a ter mais criatividade musical com algumas dicas relacionadas ao mundo das escalas.
Vamos começar com as três escalas mais utilizadas.

As três escalas mais utilizadas

Temos 3 escalas musicais muito utilizadas pela maioria dos músicos, as quais, de alguma forma, nos auxiliam em diversas ocasiões:

Tais escalas são sempre muito bem vindas na hora de tocar porque são relativamente fáceis de compreender e executar. De fato, são as primeiras escalas que o músico se depara no início dos seus estudos.
Porém, há outros caminhos mais elegantes e requintados para se trilhar. Me refiro ao fato de que se você deseja dar um passo além na criatividade musical, deverá estar disposto a conhecer mais escalas musicais. O Ramon Tessmann, fundador do Aprenda Piano, listou alguma dessas escalas aqui nesse artigo. Vale a pena dar uma olhada 😉
Por ora, falemos sobre alguns passos e dicas sobre a utilização de escalas na prática.

Passos para executar escalas musicais

Vejamos a seguir alguns passos a serem seguidos para você conseguir extrair mais das escalas nas suas execuções:

  • Designar a tonalidade da música;
  • Conhecer e utilizar o campo harmônico por meio da tonalidade;
  • Separar a escala maior ou menor que “encaixe”;
  • Da escala natural (maior ou menor), obter a escala relativa;
  • Incrementar com as escalas pentatônicas.

De forma abrangente, esse é um caminho básico para analisar uma música e a utilização de determinadas escalas.
O meu incentivo aqui é que não fiquemos apenas no básico. O objetivo desse artigo é levar você a pensar além do que já sabe e aplica. Eu quero realmente te tirar da zona de conforto.
Por isso, é interessante conhecer as chamadas escalas alternativas, algumas delas bem exóticas. Só a título de informação, as escalas exóticas não costumam seguir as regras normais que conhecemos na música. É comum elas terem um ou mais graus alterados. Mas isso é assunto para outro artigo, combinado?
O que precisamos saber agora é que conhecer essas escalas “não comuns” pode abrir muitas possibilidades e ativar sua criatividade na hora de tocar.
Vamos ver um pouco sobre isso agora.

Utilizando novas escalas musicais

Se ficarmos pensando apenas no campo harmônico, quase 100% das escalas não poderiam ser utilizadas. Esse pensamento já seria um grande limitador.
Na maioria das vezes o campo harmônico é natural, assim deixando a entender que deve se usar escalas de conceitos naturais.
Porém, o natural que deveria ser entendido como clássico, às vezes pode se tornar enfadonho e deixa muitos músicos presos na mesmice.
O ponto que vamos nos atentar aqui não é mais em relação a tonalidade, mas sim a cada acorde em individual, para analisarmos as escalas que se encaixam.
“Como assim?”
Veremos.

Tonal e atonal

Os acordes chamados de acordes tensionais ou acordes de tensão, conseguem abranger notas atonais (nota não pertencente à tonalidade).
Caso você não tenha compreendido, notas atonais são aquelas que não fazem parte do campo de notas da tonalidade.
É como uma pessoa estranha que você acabou de conhecer. Se você conversa com uma pessoa estranha por 20 minutos isso não a torna uma pessoa próxima ou íntima. De fato, essa pessoa não faz parte do seu círculo chegado de amigos e familiares.
Assim são as notas e acordes atonais. Eles não fazem parte “círculo de amigos” da tonalidade.
Vamos a um exemplo a seguir!

Exemplo

A nota sol# por exemplo, não faz parte da escala de ré, portanto é uma nota atonal.
Os acordes dominantes são um exemplo de acordes que permitem o uso dessas notas atonais, por exemplo, alterando-se o quinto grau.
Sobre esses tipos de acordes é possível desenvolver várias escalas como você pode ler nesse artigo.
Só para mostrar como você pode colocar novos conhecimentos sobre escalas na prática vou te dar um exemplo interessante.
Imagine que você tenha a seguinte progressão:

C – Am – Dm – G

Você poderia transformar essa progressão com uma nota atonal. Veja:

C – Am – Dm – G5+

Nós incrementamos a harmonia com um quinto grau aumentado no acorde dominante. Assim poderíamos usar uma versão da escala de sol dominante alterando também o quinto grau.
Ficaria assim:

sol – lá – si – dó – ré# – mi – fá – sol

Isso é apenas um pequeno exemplo de como você poderia “gerar” uma escala exótica e sofisticada a partir de simples ideias. Não é um bicho de sete cabeças, como muitos pensam.
Legal, né?

Para finalizar

Com esse artigo espero ter ajudado você a melhorar suas execuções e fazer com que as escalas musicais sejam muito mais aproveitadas. Ou quem sabe, eu consegui, pelo menos, abrir a sua visão para esse mundo das escalas.
É realmente necessário sair da zona de conforto e alçar novos ares para a cada dia você se tornar um músico mais completo e mais preparado para qualquer situação.
Se o seu objetivo é justamente sair do “feijão com arroz” e aprender conceitos interessantes na prática, assista ao curso Piano Prime porque isso vai fazer uma enorme diferença na sua maneira de tocar. Fica aqui a dica 😉
Nos vemos em breve.
Forte abraço,
Augusto Canarin

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