Fala tecladista! Hoje é um dia especial porque vamos falar de uma escala muito interessante: a escala diminuta.
Eu uso essa escala largamente quando estou improvisando alguma coisa em Jazz, Blues e outros estilos musicais.
Além de poder usar a escala diminuta sobre acordes diminutos você poderá usa-la sobre outros tipos de acordes, como o acorde dominante, por exemplo.
Mas quanto a aplicação dessa escala veremos mais abaixo e em outros cursos e ebooks aqui do Aprenda Piano. Agora vamos estudar a formação dessa escala.
Formação da escala diminuta
A escala diminuta é uma escala simétrica, ou seja, possui a mesma sequência de intervalos quando você a executa para frente ou para trás (de forma ascendente ou descendente).
Segue a formação da escala diminuta:
Tom – Semitom – Tom – Semitom – Tom – Semitom – Tom
Vamos tomar como exemplo a escala diminuta de dó. A formação ficaria assim:
dó – ré – mib – fá -solb – láb – sibb – si
No teclado ficaria assim:
Curiosidade da escala diminuta
Por ser uma escala simétrica isso faz com que várias escalas diminutas possuam exatamente as mesmas notas, apenas mudando o ponto de partida da escala.
Já vimos que a formação da escala diminuta de dó é:
dó – ré – mib – fá -solb – láb – sibb – si
Isso segue uma regra que também já vimos:
Tom – Semitom – Tom – Semitom – Tom – Semitom – Tom
Se montarmos a escala de ré sustenido diminuto teremos a seguinte formação:
ré# – mi# – fá# – sol# – lá – si – dó – dóX
Você percebeu que as notas são as mesmas? Compare as duas escalas e veja por si mesmo.
Isso traz uma vantagem imensa para você que gosta de solar / improvisar. Não é necessário estudar 12 escalas diminutas diferentes porque na prática são apenas 3 mudando apenas a nota de início de cada escala.
Incrível, não?
Como aplicar a escala diminuta
Naturalmente, a possibilidade de uso mais óbvia para a escala diminuta é sobre um acorde diminuto. Experimente executar o acorde de Cº com a mão esquerda e as notas da escala diminuta de dó com a mão direita (dó – ré – mib – fá -solb – láb – sibb – si).
Você vai perceber que a sonoridade “se encaixa” perfeitamente. Essa é uma ideia de uso um pouco óbvia, mas seria o primeiro exercício que eu faria.
Escala diminuta sobre acordes dominantes
Agora uma possibilidade interessante que usamos com frequência aqui no Aprenda Piano é usar a escala diminuta sobre um acorde dominante meio tom acima.
Por exemplo: vamos supor que em uma determinada progressão você tenha os seguintes acordes:
Dm7 – G7 – Cmaj7
O G7 é o acorde dominante e sobre ele você poderá executar a escala de sol sustenido diminuto. Essa escala é exatamente meio tom acima da tônica de G7, que é a nota sol.
Então, ficaria:
G7 – Acorde dominante G#º – Escala diminuta utilizada
Outro exemplo:
Em7 – D/F# – G – A7 – D
No acorde de A7 (dominante) você poderia aplicar a escala diminuta de lá sustenido.
Legal, né?
Passagens de acordes
Uma outra possibilidade de uso dessa escala é durante a passagem de um acorde para o outro, como se ali houvesse um acorde diminuto ligando eles.
Por exemplo, imagine a seguinte sequência:
C – Dm – C/E
Entre o C e o Dm não existe nenhum acorde ali, mas você poderia nessa passagem executar rapidamente as notas da escala de dó sustenido diminuto. O mesmo vale para a passagem dos acordes de Dm e C/E, onde você poderia executar as notas da escala de ré sustenido diminuto.
É claro que tirar uma boa sonoridade dessas passagens vai depender muito do seu nível musical, especialmente das suas habilidades de improvisação. Por isso, é importante continuar estudando e melhorando sempre.
Todas as escalas diminutas
Agora um presente para você! As 12 escalas diminutas para você aprender e praticar:
Caso você queira aprender como eu crio efeitos interessantes com vários tipos de escalas veja esse material aqui. Tenho certeza que vai ser útil para você.
E se você pudesse sair do feijão-com-arroz e tocar teclado de uma forma emocionante? Aqui está o caminho: Piano Prime.
Então é isso…. eu espero que você tenha gostado do artigo 😉
Até breve, Ramon Tessmann