Descubra os segredos da escala relativa


Fala tecladista! Tudo bem? Aqui é o Augusto Canarin, do Aprenda Piano, para mais um artigo.
Um conteúdo muito importante na música a ser estudado são as famosas escalas. Existem vários tipos de escalas como: escalas maiores, escalas menores, escala de blues, entre outras, e também a famosa escala relativa.
Podemos dizer que as escalas relativas possuem notas idênticas entre si mas com a posição e modo (maior ou menor) diferentes.
Imagine um ônibus com 8 pessoas em seu interior sentadas em um posição com a ordem crescente de tamanho. Agora mude essas pessoas de lugar colocando-as em ordem crescente de idade.
Você concorda que a posição das pessoas irá mudar, mas o ônibus continuará transportando o mesmo número de pessoas?
A escala relativa funciona assim! Uma escala menor, por exemplo, que tem as mesmas notas de uma escala maior, independente da tonalidade.

Escala relativa menor

Vamos pensar agora em graus musicais ao invés de acordes e montar um mapa de ideias.
Imagine uma escala maior qualquer, por exemplo, a Escala de Sol:

sol – lá – si – dó – ré – mi – fá# – sol

Agora que você já tem o seu exemplo de uma escala maior, encontre o 6º grau dessa escala. No nosso caso, temos como sexto grau, o Mi (E).
No Campo Harmônico de Sol, o Acorde de Mi pela regra, é um acorde menor, assim como em qualquer outra escala, o 6º grau de qualquer escala maior, será sempre um acorde menor.
A Escala Relativa Menor é basicamente isso.

Montando a escala relativa menor

Vamos continuar a pensar na escala de Sol:

sol – lá – si – dó – ré – mi – fá# – sol

Retire o seu 6º grau menor, no caso, o Mi menor (Em) e monte a escala dele:

 mi – fá# – sol – lá – si – dó – ré – mi

Agora analise as notas das duas escalas e compare-as. Você vai perceber que são exatamente as mesmas notas, porém em posições diferentes.
Isso você consegue notar muitas vezes, simplesmente pelo dois Acordes de Sol e Mi menor. Eles, além de terem a sua formação de escala iguais, possuem a formação de acorde parecido e consequentemente a sua sonoridade. 
Acorde de Sol (G)

Acorde de Mi menor (Em)

 
O que muda entre esses dois acordes, é uma única nota. A nota ré que pertence ao acorde de Sol e a nota mi que pertence ao de Mi menor.
Eles então são chamados, de acordes relativos e com isso as suas escalas são relativas entre si.
Acompanhe a tabela de todas as tonalidade com seus acordes relativos (6º grau):

A escala de Dó (C) tem como relativa a Escala de Lá menor (Am), a de Mi (E) tem como relativa a de Dó sustenido menor (C#m), e assim por diante.
Com isso, você agora conta com todas as escalas relativas.

Pensando ao contrário – Relativa maior

A diferença é só o ponto de vista. Enquanto na relativa menor, você tinha como referência, primeiramente uma escala maior, agora você terá como ponto inicial uma escala menor, descobrindo sua relativa maior.
A relativa maior, em qualquer escala menor será sempre o seu 3º grau maior:
Escala de Lá menor:

lá – si – dó – ré – mi – fá – sol – lá

Retire o terceiro grau, e forme a sua escala maior:

dó – ré – mi – fá – sol – lá – si

O que muda da relativa menor para a maior, é o ponto que você utiliza como referência.

Utilidade

O uso disso tudo pode parecer meio óbvio, mas na hora de executar quase nunca acontece.
Quando você estiver tocando uma música, cuja tonalidade é Lá maior (A), poderá utilizar também a escala de Fá sustenido menor (F#m) para solar e fazer arranjos.
Pense assim, sempre que você tiver uma tonalidade em mãos, deverá pensar em duas escalas (uma maior e outra menor) ao mesmo tempo.
Mesmo sendo as mesmas notas nas duas escalas, isso aumentará o seu leque de opções para embelezar qualquer música.
Resumindo
Relativa menor – Será sempre o 6º grau de uma escala MAIOR.
Relativa maior – Será sempre o 3º grau de uma escala MENOR.

Para finalizar

Agora que você abriu sua mente, sobre escalas relativas, experimente utilizar isso na prática e verá o quão diferente será sua música.
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Forte abraço!
Augusto Canarin

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