Acordes Relativos na Prática

Fala tecladista! Aqui é a Raquel Xavier do Aprenda Teclado e hoje vamos falar dos acordes relativos na prática.

Conseguir usar os acodes relativos na harmonia vai abrir sua visão musical.

Este é um dos primeiros passos em direção a rearmonização.

Vou revisar com você o que é um acorde relativo e logo em seguida veremos a aplicação dele.

Vamos lá! 😉


O QUE É UM ACORDE RELATIVO?

O acorde relativo é o sexto grau do campo harmônico maior, ou seja, o acorde que é o sexto grau no campo harmônico de dó é o Am7.

Se você montar o Campo Harmônico de Sol Maior (G) vai encontrar os acordes que fazem parte da tonalidade de G.

Para encontrar o acorde relativo de G é só contar e encontrar o sexto grau do campo harmônico, que neste caso é o acorde de Em (mi menor).

Voltando para a tonalidade de dó maior.

Se você tocar o acorde de Cmaj7 logo depois o de Am7 vai perceber que são acordes diferente mas “nem tanto”, porque ele tem uma ligação harmônica na estrutura.

Para que você faça uma associação junto comigo, veja o que significa a palavra relativo:

RELATIVO adjetivo

  1. que exprime relação.
  2. que é julgado por comparação.
  3. MÚSICA diz-se da relação de terça menor entre o tom maior e o menor com mesma armadura de clave.

Vendo a definição musical pode confundir um pouco, como quero simplificar vamos usar a definição que exprime relação. Tudo que tem relação tem algo (mesmo que mínimo) em comum.

E é isso que acontece nos acordes relativos… mas aí você pode me perguntar: Mas Raquel, o que eles tem em comum?

O principal elemento em comum é a armadura de clave, ou seja, a quantidade de “acidentes musicais” são iguais.


UM AVISO ANTES DE COMEÇAR

É intuitivo pensar que o acorde relativo pode substituir um acorde tônico do Campo Harmônico, até porque tudo o que expliquei aqui pra você é referente à tônica.

É muito importante que você saiba tudo o que envolve fazer esta substituição, porque, apesar da relação que estes dois acordes tem ainda sim existem diferenças.

A diferença principal já é bem visível.

Um acorde é maior e outro é menor!

Essa diferença é o que vai influenciar em todo o restante, por exemplo, um acorde maior causa uma certa sensação, já o acorde menor causa outra sensação totalmente diferente.

Aqui já chegamos na segunda diferença: a sensação.

Quando você troca um acorde maior por um menor a sensação muda, ela fica mais triste.

Isso porque o acorde menor tem essa característica de “tristeza”.

Consequentemente isso gera outras intenções e desejos harmônicos.

Se a gente tocar um acorde maior é automático algumas progressões surgirem, e quando substituímos apenas a tônica tudo o que existia relacionado ao acorde maior pode ser desconstruído.

Acontece isso porque muda o desejo harmônico, muda o que você quer gerar em quem ouve ou muda até mesmo o que você quer sentir com uma nova harmonia.

Então lembre-se: Fazer as substituições com acordes relativos muda bastante coisa.


SUBSTITUINDO A TÔNICA

Vamos usar essa progressão como exemplo:

Aqui estamos no campo harmônico de dó maior.

Para que você lembre do campo harmônico, olhe ele aqui:

Agora na progressão que temos vamos substituir o acorde Cmaj7 que é o primeiro grau, pelo relativo, que é o sexto grau, ou seja, o Am7.

Veja como fica:

Para que fique melhor vou colocar aqui embaixo os acordes no teclado.

Am7 (lá menor com sétima):

Fmaj7 (fá com sétima maior):

G7 (sol com sétima):

Agora é sua vez de tocar e sentir a sonoridade de como fica o acorde relativo no lugar da tônica.

Lembrando que isso se aplica a todas as tonalidades e você deve fazer isso em todos os 12 tons 😉


SUBSTITUINDO O QUARTO GRAU

Dentro do Campo Harmônico existe um outro acorde que podemos substituir neste início. Ele é o quarto grau!

Quero que você preste muita atenção no caminho que vamos percorrer porque é preciso um pouquinho de concentração.

Prometo que vamos passinho por passinho ok?

Primeiro vamos ver a sequência base de acordes que estamos usando:

O segundo passo é encontrar o quarto grau, para fazer isso precisamos ver o Campo Harmônico certo?

Ah lembrando que o campo harmônico tem total relação com a sequencia de acordes que fizemos ali em cima.

Vamos lá ao campo harmônico de C (dó maior):

Aqui com os acordes prontos e enumerados já sabemos quem é o nosso quarto grau, é o Fmaj7.

E ele é o segundo acorde da nossa sequência né?!

Até aqui tudo bem, chegou a hora daquela concentração que falei lá no início.

O quarto grau é o Fmaj7, mas para encontrar o acorde relativo dele vamos precisar do campo harmônico de Fmaj7. Pronto, vamos lá!

Este é o campo harmônico maior de Fá:

Chegou a hora de encontrar o acorde relativo de Fmaj7.

O acorde relativo é o sexto grau do campo harmônico, então neste caso será o: Dm7.

Pronto, encotramos o acorde relativo de Fmaj7, o Dm7.

Agora vamos voltar para a tonalidade de dó. Você lembra que na tonalidade de dó o acorde de Fmaj7 é o quarto grau?

O acorde relativo de Fmaj7 é o Dm7.

No campo harmônico maior de dó o Dm7 é o segundo grau, e mesmo assim ele pode ser considerado relativo de Fmaj7.

Então na nossa sequência:

O acorde de Fmaj7 será subtituido pelo Dm7. Veja:

E aqui surge também o famoso 2 5 1, se você já ouviu falar sobre 2 5 1 tudo fez sentido, mas se você quer entender um pouco mais sobre 2 5 1 é só clicar aqui.

Agora vamos ver como que ficou a nossa sequência de acordes:

CONCLUINDO

Chegou a sua hora de aplicar tudo que aprendemos hoje em outras tonalidades.

Na prática, estes são os primeiros passos para se usar um acorde relativo.

Se você ficou com alguma dúvida pode deixar um comentário. 😉

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Um abraço e até a próxima,
Raquel Xavier

Cmaj7 Dm7 Em7 Fmaj7 G7 Am7 Bø Cmaj7
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