Fala tecladista! Aqui é a Raquel Xavier, do Aprenda Teclado, para a Dica de Teclado #56. E hoje a gente vai falar novamente sobre o acorde com baixo invertido, mas agora com ele sendo usado na vida real.
Parece que existe uma barreira entre a teoria e a prática. É normal ela existir, mas romper essa barreira em cada assunto, é primordial.
E hoje vou apresentar uma música que tem acordes com baixo invertido, para que possa te ajudar a ter essa visualização do acorde em uma cifra, te mostrando como ele vai funcionar na vida real.
Você está pronto? Porque eu estou! 😉
Vamos lá então!!
O QUE É UM ACORDE COM BAIXO INVERTIDO?
Uns dias atrás a gente estudou o acorde com baixo invertido, que é aquele que enfatiza uma nota no baixo, que não seja a fundamental.
Vamos ver um exemplo?
O acorde de C é formado pelas notas dó, mi e sol, lembra?
A nota mais importante deste acorde é ela mesma, ou seja, a nota dó é a nota fundamental.
Mas o que aconteceria se a gente enfatizasse outra nota, que não fosse a nota fundamental? Tocando a nota mi ou a nota sol na região grave.
Quando tocamos uma nota, que não seja a fundamental, na região mais grave resulta no acorde de C, com a nota enfatizada em “mi”, por exemplo.
Ou, no caso da nota sol, ficaria o acorde de C com a nota enfatizada em “sol”.
A cifra de um acorde com o baixo invertido é assim:
C/E (Dó com baixo em mi)
No caso do baixo estar na nota sol ele ficaria assim:
C/G (Dó com baixo em sol)
O interessante é perceber que, cada uma das inversões enfatiza uma nota e isso causa um efeito diferente nos ouvintes, podendo transmitir sensações mais rebuscadas.
O ACORDE COM BAIXO INVERTIDO NA VIDA REAL
Vou mostrar um exemplo para você de uma canção que usa muito o baixo invertido.
A música é “Perto Quero Estar”, de Michael Smith. Pode ser que você não conheça esta música, mas não tem problema, porque estamos aqui para analisar os acordes dela.
Veja:
Observe como a maioria dos acordes tem o baixo invertido!
Os acordes que se encaixam aqui, no nosso assunto de hoje são: E/G#, D/F# e o D/A.
O E/G# (mi com baixo em sol sustenido) é uma inversão do baixo do acorde.
O acorde de E (mi maior) tem as notas mi, sol# e si.
Aí o compositor quis causar um efeito diferente e colocou a nota sol# na região grave, enfatizando ela.
Veja uma maneira de tocar este acorde:
O outro acorde é o D/F# (ré com baixo em fá sustenido) ele também é um acorde com baixo invertido. As notas do acorde de D (ré maior) são: ré, fá# e lá.
Aqui o compositor também usou do baixo invertido para causar uma sensação diferenciada, neste caso ele usou o 3° grau do acorde para enfatizar.
Veja uma das maneiras de tocar o acorde de ré com baixo em fá#:
O próximo acorde é o D/A (ré com baixo em lá), que igual o D/F# tem o acorde fundamental o D (ré maior).
Mas aqui ao invés de enfatizar a nota fá# o compositor enfatizou a nota lá, que é o 5° grau do acorde.
Veja uma das maneiras de tocar este acorde:
Perceba que, apesar de ter o acorde fundamental igual, os acordes de D/F# e D/A causam diferentes sensações quando o tocamos.
Conseguiu ouvir isso? Se não, tente tocar um após o outro e fique atento ao que vai sentir quando tocar cada um.
BÔNUS!
Aí vai um bônus pra você! Mais um exemplo de um acorde com o baixo invertido.
Veja a música O sol, do Vitor Kley
Apesar de ter vários acordes na cifra com extensão, estamos interessados apenas no primeiro acorde, que é o A/C# (lá com baixo em dó#).
Este é um exemplo de acorde com baixo invertido. As notas que formam o acorde de A (lá maior) são: lá, dó# e mi. E aqui, a nota enfatizada é o dó#, que é o 3° grau do acorde.
Veja uma forma de tocar este acorde:
Legal né? Rsrs.
FINALIZANDO
Depois destes exemplos de música espero que tenha aberto a sua mente para os acordes com baixo invertido.
O uso do baixo invertido na música, transmite diferentes sensações e ao mesmo tempo rebuscam a harmonia e dão cor para a sonoridade.
Isso é incrível!
Agora chegou sua vez de testar e tocar os acordes com baixo invertido. Se você já está se aventurando a tocar este acordes deixe um comentário aqui!
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Um abraço e até a próxima,
Raquel Xavier